GP II MIL QUILÔMETROS DE BRASÍLIA DF
EIXO MONUMENTAL - 01 / 05 / 1966
EMERSON FITTIPALDI / JOSÉ CARLOS PACE
ALFA ROMEO GIULIETTA SZ ZAGATO `CODA TONDA´
Na sexta posição do grid, com o automóvel de melhor plástica, dois pilotos em avulsiva ascensão, com carro insólito e à altura. Eram, aos 19 e 20 anos, os paulistanos Emerson Fittipaldi, o Rato, e José Carlos Pace, o Moco.
Por si só o `Alfinha´ andava muito – entretanto os pilotos andavam mais.
Pintado no automóvel, em época de equipes de fábrica, ou ajudados por amigos, ou com `paitrocínio´, como parte no caso, letreiros anunciavam o Kart Mini, desenvolvido e construído pelos Fittipaldi, e produto novo, curioso, logo depois, conhecido e desejado objeto de consumo a quem tivesse ou não qualquer carro nacional: Volantes Fórmula 1 em alumínio, revestimento em couro com boa pega, menor diâmetro — 33 e 38 cm. Copiava o do Lotus 25 de F-1.
Logo percebeu-se, o automóvel era equipado com buzina italiana Fiamm, por nós chamada de Maserati. Um compressor mecânico, três cornetas acionadas em seqüência. Era uma das identificações sonoras: Rato e Moco, liderando, saudavam a própria liderança tocando a melódica buzina noite a dentro — ah, se vendessem buzinas
Pouca idade, muito entusiasmo, dose superior em estamina se somaram. Apesar de ter largado em 7ª posição, conseqüência de sorteio, assumiram a liderança, exibindo a cor da pouca idade. Lideravam, mas não administraram o ritmo, como usualmente se faz numa corrida de resistência. Corriam um contra o outro e contra o carro, fazendo recordes de volta.
Madrugada, Emerson, liderando, errou a tomada da famosa Curva da Vale do Rio Doce. Não é uma curva fácil: 180 graus, ascendente, raios variados, uma alça de viaduto, sem inclinação compensada, distante de curva projetada para corridas. Tudo contribuindo, Rato freia, vira para a direita, erra o ponto de tangência, o Alfinha desgarra e bate com a roda traseira esquerda no elevado meio-fio. Pneu rasga, roda amassa, o GTZ pára.
Emerson desce, ajeita o carro para não se arriscar aos outros competidores durante o processo, a detestável função de todos conhecida: procura macaco e chave de rodas; acha o buraco para enfiar o pino do macaco; levanta a Zagato; tira a roda; coloca o estepe; aperta; baixa o carro; termina o aperto; retira o macaco; corre para jogar ferramentas e roda no pequeno porta malas — … mas, e a roda? À hora de sair não encontra a roda amassada e seu pneu cortado na fria e escura noite de garoa no Cerrado. Procura, desiste, e sai em busca do tempo e da liderança perdidas.
Não encontrou a liderança, nem recuperou o tempo. Previsivelmente pelo intenso ritmo imposto, quebraram. Uns dizem motor. Outros, por conta de outras rodas — o Zagato, diziam elegantes boquirrotos, tinha rodas imantadas por concreto: não podia ver um meio-fio, a paulista guia, e logo se achegava…
Réplica HandMade 1/43 Resina PU com pó de alumínio, produzida pela VOLAREBRASIL
Detalhes em photoetchd e metal zamak, com reprodução do layout da época .
Série exclusiva e limitada. Embalagem de acrílico luxo.
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CRÉDITO
Pesquisa Texto - Roberto Nasser
Publicação Site - AUTOentusiastas ( disponível texto completo)